As Candidatas
Carla Liane
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Carla Liane é uma mulher negra, mãe, nascida e criada na periferia de Salvador.
À custa de muito sacrifício ambos conseguiram estudar, superar dificuldades e conquistar inserção profissional. Serviram de inspiração para a filha, que se doutorou em Ciências Sociais pela UFBA e se especializou em Direito Constitucional do Afrodescendente pela UNEB.
Em verdade, a mulher negra que se movimenta, realmente impacta na estrutura social, como ressaltado por Ângela Davis.
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Ingressou na UNEB em 2003, como professora substituta no município de Seabra, Campus XXIII.
Em 2005, aos vinte e seis anos, foi aprovada como professora efetiva.
Dali em diante, esta jovem se tornou uma liderança respeitada pelo seu idealismo, coragem e competência, mas também pela sensibilidade e cuidado no trato com as pessoas, perfeiçoamento IGLU em Gestão Universitária para Líderes, organizado pela UFSC e Organização Universitária Interamericana, no Canadá (OUI).
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Atuou na Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, onde compôs a equipe de criação e aprovação do Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Regional, CPEDR,
submetido ao Edital FINEP/CT-INFRA.
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Atuou como assessora de Programas e Projetos Especiais na Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN) onde participou da reorganização administrativa da universidade e
contribuiu para a estruturação de documentos de planejamento como o PDI, o Plano Estratégico e o Plano de Metas; foi gerente de Extensão, na Pró-Reitoria,
onde coordenou importantes programas.
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Foi diretora do Departamento de Educação, Campus I, onde iniciou uma política de acessibilidade tecnológica.
Nesse período compôs a Coordenação Executiva do Fórum de Diretores e Diretoras da UNEB.
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É professora permanente do Programa de Pós – Graduação em Tecnologias Aplicadas à Educação (GESTEC), assumindo a cadeira de Pesquisa Aplicada e Métodos, e Programa de Pós-Graduação em
Educação de Jovens e Adultos (MPEJA), onde assume a cadeira de Cidadania e EJA.
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Pesquisadora associada do Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento
Regional (CPEDR- UNEB). Filiada à União Brasileira de Mulheres (UBM) e a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO).
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Coordenou projetos da Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes (ANAAD), organização fundada por seu pai.
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Lidera o grupo de pesquisa, Interculturalidades, Gestão da Educação e Trabalho – InterGesto, Grupo de Pesquisa SANKOFA-Negritudes, Pan Africanismos e Subalternidades.
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Publicou vários artigos científicos em periódicos qualificados, Organizadora de vários livros. Possui orientandos na graduação, mestrado e doutorado.
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Possui projetos de ensino (PIBID), pesquisa (CNPQ/ PROAFIRMATIVA) e Extensão (PROBEX) financiados.
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Implantou o Observatório da Gestão Universitária Multicampi na UNEB, com foco na Formação de Líderes e Gestores Universitários e pesquisas na área de gestão Universitária.
Conheça um pouco mais sobre Carla Liane: http://lattes.cnpq.br/8993601955059012
Amélia Maraux
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Amélia Maraux é filha de Terezinha de Santa Rosa Maraux e de Jorge Santana Maraux.
Nasceu em Nazaré das Farinhas, no Recôncavo baiano, onde viveu até os nove anos de idade. Com o fechamento da rede Ferroviária Leste Brasileira, no início dos anos 70 do século XX, a família muda-se para Salvador onde passa a residir com os pais e os cinco irmãos.
Entre os bairros de Boa Vista de Brotas, Castelo Branco e Mussurunga II, a sua sociabilidade seteropolitana vai sendo forjada. -
Inicia sua trajetória na militância política participando do grêmio estudantil do Colégio Estadual Severino Vieira atuando no movimento estudantil secundarista na defesa da educação pública gratuita de qualidade.
O movimento estudantil secundarista foi o impulsionador para que chegasse até a Universidade Federal da Bahia, lugar sempre reservado aos/as filhos/as da elite baiana. -
Ao ingressar no curso de Ciências Sociais, conciliou a militância no movimento estudantil universitário e a formação acadêmica, participando como bolsista de Iniciação Científica de estudos sobre relações de trabalho e relações raciais.
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Iniciou a sua trajetória docente em 1996 como professora do Departamento de Educação – Campus XIV em Conceição do Coité.
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Em 2001 conclui o mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e quando retorna ao Campus XIV é eleita diretora por dois mandatos.
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Nesse período atua na rearticulação do Fórum de Diretores/as da Uneb, participando como conselheira na reunião do CONSU que institui o sistema de cotas para o ingresso de estudantes negros e negras oriundos da educação básica na universidade, implementando a política de Ações Afirmativas na UNEB.
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Em 2005 é indicada pelo Fórum de Diretores/as para compor a chapa como vice-reitora nas eleições daquele ano.
Após ser eleita para um segundo mandato como vice-reitora, foi convidada, em 2011, para assumir a Superintendência de Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação do Estado da Bahia. -
Ao retornar para UNEB, em 2014, assume a coordenação do Centro de Estudos em Gênero, Raça/Etinia e Sexualidades – Diadorim, sendo membro da Linha de Pesquisa Educação, Gênero e Interseccionalidade de Gênero, Raça e Classe.
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Foi membro do Conselho Estadual de Direitos LGBT da Bahia no período de 2014 a 2017, quando exerceu a função de Vice-Presidente.
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Em dezembro de 2017 assumiu a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas da Uneb, cargo que ocupou até junho de 2021.
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Atualmente é doutoranda em Difusão do Conhecimento pelo Doutorado Multiinstitucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento/UFBA, desenvolvendo a pesquisa sobre as ações afirmativas para o ingresso de estudantes travestis e transexuais na Uneb.
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Vem atuando no movimento feminista e de lésbicas na Bahia e no Brasil, articulando projetos institucionais em parceria com os movimentos sociais de mulheres e LGBT. Atualmente é articuladora nacional da Liga Brasileira de Lésbicas - LBL.
Nossos Projetos
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO ESTUDANTIL
Visa realizar ações para promover e viabilizar o acesso e garantir a permanência do estudante na Universidade... Leia mais
ENSINO DE GRADUAÇÃO
Queremos aprimorar o trabalho docente, incentivar formação continuada, realizar oficinas, direcionar investimentos... Leia mais
PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO PARA EMANCIPAÇÃO
Vamos priorizar investimentos voltados à modernização da infraestrutura; institucionalizar a prática e a cultura de pesquisa na UNEB... Leia mais
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM CONVERGÊNCIA COM A ECOLOGIA DE SABERES E A INTERAÇÃO SOCIAL
Vamos fortalecer a partir de uma política institucional articulada o processo de curricularização, fomentar parcerias institicionais... Leia mais
AÇÕES AFIRMATIVAS, ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Vamos instituir as bancas de heteroidentificação, 2- Implementar a política de acompanhamento do sistema de cotas... Leia mais
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA COMO EXIGÊNCIA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
Vamos desenvolver o Planejamento Estratégico da Educação à Distância da UNEB; estruturar a política de Formação técnica para EAD... Leia mais
GESTÃO E VALORIZAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE, TÉCNICO, ANALISTA UNIVERSITÁRIO E APOSENTADOS: Qualidade de vida no trabalho, Cultura, Esporte e Lazer.
Vamos defender junto ao Governo da Bahia a ampliação do quadro de cargos e vagas docentes, de técnicos administrativos e analistas universitários... Leia mais
INFRAESTRUTURA, PRIORIZAR E OTIMIZAR INVESTIMENTOS PARA MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
Vamos realizar a criação de uma Secretaria Estratégica de Captação de Recursos, Priorizar investimentos para modernização da infraestrutura para a pesquisa e pós-graduação... Leia mais
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS EM SISTEMA
Vamos revitalizar e estruturar o Sistema de Bibliotecas; Promover concurso público para dotar todas as bibliotecas do Sisb com profissional bibliotecário... Leia mais
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL: DESCENTRALIZAR, PLANEJAR E AVALIAR COM PARTICIPAÇÃO.
Vamos consolidar os processos de planejamento e avaliação como instrumentos de tomada de decisão; Instaurar imediatamente o processo Estatuinte da UNEB... Leia mais
INSERÇÃO REGIONAL E INTERLOCUÇÃO COM OS TERRITÓRIOS DO CONHECIMENTO
Vamos estimular e apoiar nucleação da pesquisa e extensão; Priorizar o apoio a projetos de pesquisas e extensão... Leia mais
Fundamentos e princípios da gestão
- 1) Reafirmar a UNEB como universidade pública, gratuita, e de qualidade e enquanto instância estratégica para o desenvolvimento do Estado da Bahia;
- 2) Reencantar a UNEB via gestão colaborativa, com participação ampla e democratização de todas as instâncias da gestão universitária, propiciando uma nova cultura institucional;
- 3) Defender a AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA , como forma de garantia do cumprimento da missão da universidade, sobretudo frente aos governos e partidos políticos;
- 4) Propor junto à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, a Criação de Uma Frente Parlamentar Mista em Defesa das UEBAS composta por parlamentares, SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES, Fóruns (Fórum de Reitores e Fórum Estadual de Educação);
- 5) Propor a Criação de Uma Superintendência de Educação Superior na estrutura organizacional da Secretaria de Educação do Estado da Bahia;
- 6) Reforçar fortemente as iniciativas junto ao governo do Estado e Assembleia Legislativa, visando o aumento real do orçamento para as estaduais, passando de 5.0% para 7% da receita líquida dos impostos - R.L.I.
- 7)Realização Imediata do Processo Estatuinte;
- 8) Produzir o Orçamento Participativo a partir de uma metodologia ascendente;
- 9) Criar uma Secretaria Estratégica de Captação de Recursos responsável pelo (Planejamento, Execução e Prestação de Contas) dos recursos extra-orçamentários;
- 10) Promover Conferências Departamentais e Territoriais, tendo por produto a construção dos Planos de Desenvolvimento Departamentais e Territoriais como subsídio ao planejamento da universidade e a atualização do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);
- 11) Propor a discussão,Propor a discussão, via processo Estatuinte, acerca da candidatura de técnicos e analistas para cargos eletivos (reitor, vice-reitor, diretor);
- 12) Criar a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão para instituir as políticas de permanência para Pessoas com deficiência, e transtorno do espectro autista e altas habilidades;
- 13) Promover o enraizamento da universidade de forma a ressignificar a sua relação com instituições públicas, organizações, partidos políticos, sindicatos, associações, comunidades, coletivos organizados e movimentos sociais;
- 14) Fomentar uma Cultura de Pesquisa na UNEB, articulada a política de ciência e tecnologia do estado, por meio de uma política interinstitucional comprometida com o avanço do conhecimento científico e tecnológico e com a solução de problemas sociais, econômicos e ambientais que constituem obstáculos ao desenvolvimento equânime e sustentável;
- 15) Defender uma universidade voltada para a justiça social, incorporando demandas das lutas antifascistas, antiracistas, antisexistas, anti-lgbtfóbicas, anticapacitistas e similares;
- 16) Priorizar a institucionalização das Ações Afirmativas, assegurando a sua ampliação; recuperando o protagonismo da UNEB em relação às políticas de Ações Afirmativas como forma política e estratégica de cooperação nacional e internacional;
- 17) Construir o Programa INTER-REDES a partir de uma política interinstitucional que vincule à REDEUNEB de Enfrentamento às Múltiplas formas de Violências, às redes de Proteção e Acolhimento às Vítimas de violências existentes em outras instituições e territórios de identidades do estado da Bahia;
- 18) Construir uma universidade humanizada, com valorização e respeito aos servidores (docentes, analistas e técnicos) e suas aptidões, com política de formação e valorização da carreira desses segmentos, estimulando seu engajamento na academia;
- 19) Consolidar o compromisso com o desenvolvimento dos territórios de identidade da Bahia, prezando pela responsabilidade social e ambiental, com uma comunicação eficaz e eficiente, reforçando a proposta das RGDs.
Temas Transversais
Estes temas não têm um fim em si mesmo, mas se constituem como um caminho para fazer a Universidade do Estado da Bahia cumprir a sua missão, pois permeiam todas as suas atividades. Estão presentes para consolidar uma cultura cosmopolita, com estímulo às redes colaborativas, respeito à diversidade, predisposição para inovar em todos os ambientes da universidade, de forma planejada e participativa. Por esse motivo, têm o merecido destaque nesta seção, onde apresentamos a concepção e os desafios de cada um.
RAÇAS/ETNIAS, GÊNERO E SEXUALIDADE
Elementos fundamentais na discussão de uma universidade inclusiva. Referem-se a todas as instâncias da vida acadêmica e englobam todos os que dela fazem parte (estudantes, concursados, REDA, cargos, terceirizados).
Olhar para a UNEB sob essa perspectiva demanda: preparo para trabalhar com estudantes negros (as), indígenas, quilombolas, ciganos, transexuais, travestis e transgênicos e para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades,oriundos de escola pública, na graduação e na pós-graduação; fortalecendo a política de cotas, desenvolvendo um olhar apurado para as questões étnicas, de gênero e diversidade sexual, que permeiam todos os ambientes da universidade, com escuta e rapidez na resolução dos conflitos ocorridos nas relações cotidianas.
Devemos buscar desenvolver ações de combate ao assédio, além de propor medidas inclusivas e de reconhecimento, na perspectiva dos direitos humanos, desde a linguagem escrita das resoluções e documentos oficiais, passando pela inclusão dos debates sobre racismo, sexismo, capacitismo, diversidade sexual e de gênero nos currículos; acompanhar os estudantes cotistas visando à permanência e a auto emancipação.
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO PARTICIPATIVOS
Defendemos a aproximação dos atores protagonistas do ensino, pesquisa e extensão; a partir de modelo de planejamento e avaliação ascendente e rizomática e não descendente, com foco na gestão descentralizada; desburocratizada; eficiente; com visão humanista e que valorize o servidor como principal parceiro para a realização das atividades-meio e das atividades-fim da universidade. Para tanto, estamos propondo a realização de conferências Departamentais de Territoriais e a construção de Planos de Desenvolvimento Departamentais que servirão de base para a reformulação/atualização do PDI da UNEB e da efetivação de uma construção do Orçamento e da Avaliação Participativa.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Tal eixo possui fundamental importância no contexto do ensino superior público, em uma
sociedade global, com efeito definitivo na qualidade do ensino e da pesquisa.
É um desafio em um contexto de universidade multicampi (com ênfase local/regional) e com restrições orçamentárias,
pois sua prática demanda recursos, agilidade e competências linguísticas e políticas.
Tais questões precisam ser enfrentadas por meio de uma forma mais estruturada e estratégica de promover a internacionalização. Precisamos ir além da criação de pastas e proposta de planos. Internacionalizar é fazer acontecer na prática, de maneira orgânica, com estratégias programáticas (programas acadêmicos, pesquisa, publicações, atividades extracurriculares) e organizacionais (pessoal, finanças, formação em línguas) que dêem sustentabilidade ao processo, com vistas a implantar e fortalecer programas de cooperação, mobilidade e parcerias para desenvolvimento científico e tecnológico e profissional dos docentes, tecnicos-admistrativos e analistas universitários, N.As, discentes fomentando currículos e processos com perspectiva internacional, dentre outros.
INOVAÇÃO PARA EMANCIPAÇÃO
Entendemos que a inovação está ligada à própria criatividade humana, significando o constante desafio de propor novidades frente às situações- problema.
O conceito de inovação é compreendido para além da dimensão tecnológica, mas como atitude presente nas ações de ensino, pesquisa e extensão, no fazer universitário, a partir da emancipação dos sujeitos.
Precisamos apoiar ideias criativas e inovadoras do ponto de vista da gestão, que tenham potencial de interferir positivamente nas respostas que a universidade pode e deve dar à sociedade, por meio das políticas públicas.
Os (as) sujeitos (as) do processo inovador participam da experiência, desde a concepção até a análise dos resultados. Nesse sentido, há uma quebra com a estrutura vertical de poder responsabilizando todo o tecido coletivo.
RECONFIGURAÇÃO DE SABERES
A reconfiguração dos saberes se traduz como uma importante categoria na compreensão da inovação emancipatória, para além de fins produtivos, pressupõe uma ruptura paradigmática, da condição do conhecimento e da pesquisa perspectivada exclusivamente no âmbito da ciência moderna.
O abandono da estratificação do saber científico/saber
popular, ciência/ cultura, educação/trabalho, corpo/alma, teoria/prática, ciências naturais/ciências sociais,
objetividade/subjetividade, arte/ciência, ensino/pesquisa e tantas outras formas propostas para a compreensão dos fenômenos humanos.
Assim, a reconfiguração de saberes propõe uma compreensão integradora da totalidade, reconhecendo a legitimidade de
diferentes fontes de saber e a percepção integradora do ser humano e da natureza, ampliando a dimensão formativa e de
pesquisa no âmbito da universidade.
A reconfiguração de saberes propicia o transitar da aprendizagem individual para a coletiva, incorporando a compreensão do conhecimento em movimento, privilegiando, com isso, os processos de conhecimento sobre os produtos e valorizando os espaços que abrigam as diferentes culturas e perspectivas em comum.
COMUNICAÇÃO COMO COMPROMISSO
A comunicação entre os diversos setores e unidades da UNEB precisa ser repensada, mesmo diante de todas as
possibilidades oferecidas pelos meios de comunicação e do grande desenvolvimento das tecnologias da informação.
Isso foi ponto recorrente de discussão nas reuniões de escuta aos gestores.
A comunicação é sempre dificultada porque cada um está voltado com as demandas e atribuições da sua pasta.
Práticas de gestão participativa, com adequada interação entre os setores e desvinculada de uma burocracia excessiva, são possibilidades para garantir que a interdisciplinaridade aconteça na prática, com tomadas de decisão mais acertadas na complexa estrutura da universidade multicampi. Será prioridade, pois, aprovar uma política de comunicação institucional, voltada à efetiva integração dos sistemas de gestão, mas também à comunicação externa mais ampla e eficaz, de modo a garantir, perante a opinião pública, uma divulgação institucional compatível com a dimensão da universidade.
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Este tema compõe a política de inclusão defendida por esta proposta de gestão. Engloba as dimensões sugeridas por Sassaki (SASSAKI, 2006, p. 67-69 e 102-103): à arquitetura sem barreiras físicas, comunicacional (sem barreiras na comunicação entre pessoas), metodológica (sem barreiras nos métodos e técnicas de lazer, trabalho, educação, entre outros), instrumental (sem barreiras nos instrumentos, ferramentas, utensílios), programáticas (sem barreiras embutidas em políticas públicas, legislações, normas) e atitudinal (sem preconceitos, estereótipos, estigmas e discriminações nos comportamentos da sociedade para pessoas com deficiência) e na dimensão da barreira pedagógica, a fim de eliminar quaisquer variáveis que dificultam o processo educativo das pessoas com deficiência e ou transtorno na universidade. Na perspectiva dos direitos humanos e individuais é preciso ressignificar o lugar da pessoa com deficiência no espaço da universidade.
Com base no modelo universal, partimos do princípio de que o acesso deverá garantir de forma integral a realização completa das atividades cotidianas do sujeito. A premissa que sustenta esse projeto, se ancora na ideia de um modelo social da deficiência que se baseia no reconhecimento da diferença como característica inerentemente humana e na compreensão da deficiência como fenômeno social, mas também no reconhecimento do surgimento de um modelo pós-social, que propõe uma maneira de olhar para a deficiência de forma multidisciplinar, integrada, contextualizada e social. Paralelos são traçados com as experiências das mulheres, negros, lésbicas e gays.
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